Eu tive um sonho.
No meu sonho tinha um homem.
Não sei ao certo a sua altura, mas lembro que era suficiente para passar segurança.
Segurança que eu não sei se vinha também por braços grandes ou pequenos, sei apenas que me apertavam bem forte, bem forte mesmo.
Lembro do vento.
Ah, o vento! Lhe batia ao rosto e lhe deixava mais bonito ainda. Eu sei que ele é bonito, mesmo que não me recorde a cor exata de seus olhos ou lábios, nem o tamanho da boca, nariz ou orelha. Sei que sua pele era macia.
Macia como os cabelos sedosos que também brincavam em um ritmo perfeito, em total sincronia com a música causada pelos singelos assobios das correntes de ar que transitavam por entre o emaranhado de sensações paradas em meio ao nosso brilhante e revelador silêncio.
O homem dos meus sonhos.
Eu não sei qual o tom da sua voz, nem o volume com que ele pronunciava cada sílaba do meu nome, mas tenho completa certeza de que seria perfeita, seria como sinos, todos os sinos de uma catedral tocando ao mesmo tempo.
Não sei exatamente o lugar, mas sei que era perto, bem perto daqui.
Sei muito bem que ele, o homem dos meus sonhos, existe. Ele está por aqui. Eu vou transformá-lo em homem da minha realidade.
Ah, vou! Vou achar o amor da minha vida.
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